velha roupa nova

Ele sentou-se novamente no mesmo banco. Olhou para um lado e para o outro. Abriu o livro que trazia na bolsa jeans azul. Se o livro estivesse de cabeça para baixo ele não teria percebido. Passou os olhos pelas letras. Lembrou. Recalcou. Outros olhos nas letras e pegou um Trident de canela no bolso lateral da bolsa. Frescor com letras, mesmo que sem sentido, letras frescas. Os olhos não paravam, seguiam de um lado para outro. Até enganava bem! fingindo que estava lendo. Olha para o celular pretinho e pequeno que estava no seu bolso da calça e não da bolsa que pulou com certa destreza para fora e brilhou, olhou sem objetivo. Quando a luz se apagou, lembrou de ver as horas e apertou mais uma vez os botões e brilhou novamente, era cedo! O ato de esperar sempre incomoda. Olhou para dentro de si, num jogo novo que acabara de descobrir e viu, o esperado inesperado: uma roda-gigante! Tudo bem que a imagem já tá cansadinha de aparecer e reaparecer nestes escritos que se valhem de palavras e virtualidade insanas, mas é o que exprime o que esta personagem quase-insana sente! O mundo rodou mais uma vez. E a cada volta da roda-gigante, as coisas mudam, as pessoas aprendem. Às vezes, continuam a mesma, mas a grande mudança é a volta a mais. Ele permaneceu lá! Olhou de novo para fora de si! E tudo permaneu igual. Quase escrevi a palavra errado no lugar de igual. Mas qual seria a diferença? Ele pegou suas coisas, guardou o livro, cuspiu o chiclete, pegou um Halls preto, olhou o celular mais uma vez e se foi. Só o erro ficou, desculpe, a mesmidade!

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