Escrevo para dizer que a guerra acabou.
Envie minhas cinzas para mamãe.
Deram-me até uma medalha pelo meu valor.
Os trompetes cansados cospem os tiros do poder
enquanto dizem:
"Estou ao teu lado quando ninguém está, porque ninguém nunca está!
Sente-se aqui ao meu lado e durma enquanto eu pingo o veneno em sua orelha".
E esperamos um telegrama com as notícias da queda...
Desculpem-me, mas a querida Paris está em chamas.
Fomos levados às ruas:
Alegrem-se!
Revoltem-se!
Dançamos a valsa negra e justa, pois apesar de tudo, Paris ainda está em chamas.
Não!
Não.
Junto a esta carta há um retrato.
Preto e branco para a sua geladeira.
Paus e pedras me tornaram um tanto esperto
São as palavras, na verdade, que cortam sob a minha armadura.
E eles insistem:
"Estou ao teu lado quando ninguém está, porque ninguém nunca está...
Sente-se aqui ao meu lado e durma enquanto eu pingo o veneno em sua orelha".
E esperamos um telegrama com as notícias da queda...
Desculpem-me, mas a querida Paris está em chamas.
Fomos levados às ruas:
Alegrem-se!
Revoltem-se!
Dançamos a valsa negra e justa, pois apesar de tudo, Paris ainda está em chamas.
Não.
Não!
Dancem, meus pobres amigos, dancem e afundem.
Dance, minha justa Paris, desmoronando.
Dance, meu povo, dance e afunde.
Dance, querida Paris, até as cinzas.
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